quarta-feira, setembro 01, 2010

...

Todo sentimento que nasce da terra
Gera uma fonte de conhecimento e pedra
Como a unidade de um amor
Que não é divisão
Mas se torna soma
Se torna estrada
Em cada palavra da minha saliva de álcool
Da minha pele em fumaça
Se achará o nó, o ponto de mutação
Para se entender que tudo é processo
O regresso que seja apenas teu
O futuro que seja apenas passo
Porque me encontro
Porque me toco nessa rede de laços
Quando contestam a mim o valor da sombra
Respondo com os olhos:
Que a penumbra não ocupa espaço
Que o espaço não ocupa tempo
E que o tempo é a nostalgia dos bêbados
Para o verso do poeta
A faca é seta e a seta é teia
A morte é certa e a certeza é veia
Para o poeta não há esse tom de ciência
Não há esse tom
Não há ciência
Não há poeta...

segunda-feira, agosto 16, 2010

Viver agora

Mistura de medo e alegria
Momento bom e ruim
Tudo ao mesmo tempo
Vento, sol, chuva...
Estado de espírito: 
Desconhecido
Dor no peito
Tensão
Vontade de gritar
Chorar, abraçar
Cuidar
Certezas enormes
Incertezas maiores ainda
Realidade
Querer irresistível de voce
Necessidade de vida
Medo da morte
Encantamento
Solidão
Eu, voce
E quem mais vier...
Hoje.


Naty Ansbach

quinta-feira, agosto 05, 2010

O momento bom do momento ruim

Vendo a chuva cair
Sentindo cheiro da terra molhada, 
De frente pro mar
Barulho gostoso
Energia muito positiva
Pensamentos bons por um minuto
...coisas simples. 
A vida pode ser boa
Sensação de catarse.

Natalia Ansbach

quarta-feira, junho 30, 2010

Eu quero sempre mais.

Me perco no tempo quando estou com voce
Me completo, me preencho
Sou tudo e todos
Sou desejo, sou vontade
Sou realidade
Imagino, presenteio
Desconfiguro
Não penso em nada,
Me desespero
Me preocupo
Sinto saudades do que tenho
e do que não tenho
Tudo é real,
Não imagino,
Faço
Te beijo, te agarro
Viro de ponta cabeça
Vivo o momento
Digo o que quero
Queria dizer mais
Quero sempre mais
Me encanto com qualquer defeito
Me encaixo em qualquer cena
Já não vivo sem voce
Já não sei te esquecer
e quero mais...
e quero mais...
e quero sempre, voce.

Natalia Ansbach

quarta-feira, junho 09, 2010

Cade o sentimento?

Ao se preocupar em moldar, 
fazer dar certo o que era incompatível, 
impossível, intragável, 
ela perdeu o tempo do sentimento. 
Esqueceu de sentir, 
esqueceu de viver, 
esqueceu de amar, 
mas jamais deixou de sonhar.

Naty Ansbach

terça-feira, maio 11, 2010

Sentindo

Sinto que saí de orbita
Fugi, esqueci, mudei...
Fiquei ausente, carente, doente...
Busquei, cai, levantei, chorei...
Fiz que não vi, escrevi, gritei, me perdi...
Assim de repente
Me encontrei novamente
Música diferente, vida de novo ...de repente...
Vivendo tudo o que nunca vivi
Diferente do que vi
Melhor do que senti
Maior do que qualquer dor
Tudo voltou ao que posso chamar de amor.




Natalia Ansbach

terça-feira, janeiro 26, 2010

Cena 1

E ela se entregou ao olhar sacana
Sentiu tanto que esqueceu de pensar
Sempre boa intenção
Mostrou que queria
Foi clara no que sentia
Decepção
E ele tentou o que mais queria
Sentiu tanto que esqueceu de pensar
Sempre má intenção
Mostrou que não sentia
Foi claro no que queria
Diversão.




Natalia Ansbach

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Real

Me descubro em outro País,
Não, não melhor do que o seu
Não melhor do que o meu
Ou Nosso?
Destinos traçados de forma irregular
Sonhos que se alteram
Se cruzam novamente
Desejos que saltam em sua direção
Rochas que se quebram e esfarelam pelo chão
Quero ficar
Quero estar
Quero ser
Já não me tolero mais
Já não suporto pensar que não é,
Sempre será
Medo de falar, agir, demonstrar
Certeza que deixa sem ar
Não quero mais ir pra lá
Quero ficar,
Quero estar,
Quero ser,
Curar, reorganizar
e para sempre
Amar.

Natalia Ansbach

segunda-feira, janeiro 04, 2010

...

Permaneço onde prometi ficar

Impenetrável, como rocha

Espero sem hesitar

Respeitando teus sonhos

Respeitando você

Dias de segundos

Privando meus desejos

.......

Escuridão...

Ainda a rocha

Dias de semanas na garganta

Penso no que não quero

Nunca saberei toda verdade

Sinto-me um país que você não gosta mais de estar

Decepção?

Melhor não pensar...


Alexandre Stankevicins