quarta-feira, setembro 01, 2010

...

Todo sentimento que nasce da terra
Gera uma fonte de conhecimento e pedra
Como a unidade de um amor
Que não é divisão
Mas se torna soma
Se torna estrada
Em cada palavra da minha saliva de álcool
Da minha pele em fumaça
Se achará o nó, o ponto de mutação
Para se entender que tudo é processo
O regresso que seja apenas teu
O futuro que seja apenas passo
Porque me encontro
Porque me toco nessa rede de laços
Quando contestam a mim o valor da sombra
Respondo com os olhos:
Que a penumbra não ocupa espaço
Que o espaço não ocupa tempo
E que o tempo é a nostalgia dos bêbados
Para o verso do poeta
A faca é seta e a seta é teia
A morte é certa e a certeza é veia
Para o poeta não há esse tom de ciência
Não há esse tom
Não há ciência
Não há poeta...