quinta-feira, maio 03, 2007

e na missa...

Hoje tive uma experiência nova em minha vida. Fui até a missa de 7o dia da menina Juliana Pereira, que morreu de bala perdida na semana passada no Rio de Janeiro.
Mas não fui apenas para assistir a missa, fui também como representante dos Voluntários da Pátria e levei um texto muito interessante escrito pelo Tico Sta Cruz (Que queria muito estar presente na missa, mas por motivos profissionais não pode comparecer) e em solidariedade as familias que foram vítimas novamente da violência da nossa 'Cidade Maravilhosa'.
Primeiramente achei que a missa estaria cheia, e que todos iriam ouvir o que eu tinha a dizer, mas chegando ao local, levei um susto! Não haviam muitas pessoas e fiquei triste com isso.
Mesmo com tão pouca gente, fiquei extremamente nervosa e ansiosa antes de subir no altar e ler. Impressionante como foi mais dificil ler em uma igreja repleta de pessoas que não conheco do que apresentar um personagem no teatro ou tv como eu já havia feito antes. Acho que todo aquele momento triste, mães que perderam filhos e filhas, enfim, tudo isso me influenciou e na hora que fui falar, me deparei com minha mão trêmula(como nunca havia acontecido)
Mas fiz tudo direitinho. Espero ter passado o recado mesmo com pouca gente.
Voluntários da Pátria estiveram presente em mais uma ação!


Queridos deputados, Já BASTA de tanta violência, não acham ? Onde está o nosso direito de ir e vir ? Chega de pedir aumento de salário e vamos aumentar o salário de quem realmente precisa né ? ( Polícia, Professor, Médicos ...) Já passou da hora de aprender a usar nossos impostos, ou seja, nosso dinheiro direcionado para o lugar certo e não para 'Gozar' a vida de deputados in wonderland. Enquanto 10 vivem no País das Maravilhas e em verdadeiros contos de fada(com direito a Lobo mau), toda uma população vive do País das desgraças, País do Oba boa, País da Impunidade e corrupção.

BASTA!!!!!!!!!!!!!

Não vamos sossegar enquanto não MUDAR.





*Obrigada Tico, pela confiança.



Naty Ansbach

Um comentário:

Diogo Monteiro disse...

Todos fantasmas.
Todos têm asma e não há oxigênio.
Todos esperam um gênio,
Todos querem três desejos, querem fugir dos medos.

Todos querem justiça.

Todos gritam calados,
Todos com olhos tapados,
Todos rasgados, furados em balas achadas.

Todos não acham saídas.

Todos são vozes sem dito,
São mendigos aflitos,
São todos, gritos em um funeral.

São todos isca, peixe e o anzol.

E quem é o pescador?
Quem é que cria a dor real?
Quem escolheu futebol ao invés de pão?
Quem mentiu que existe educação?

E quem vai chorar por outro morto?
Quem vai chorar por outro morto?

Quem vai espantar o corvo, o abutre, urubu?
Quem vai ficar nu frente ao frio?
Quem vai banhar-se no Rio que é todo sangue?
Quem vai entrar nesse mangue em busca de sobrevivente?
Será que ninguém percebe que são todos carentes?

Pra onde olhar quando a dor nos olha de frente?
Não percebem que existem parentes, que existe gente a chorar?

Onde é que estão os que hão de pagar?