Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê.
Quem sente não é quem é.
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo,
É do que nasce, e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só.
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo, «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
quinta-feira, maio 21, 2009
quarta-feira, maio 20, 2009
E foi assim...
Passo do ponto onde queria parar
Não paro, disparo contra uma força que me puxa
Teimo em seguir
Sinto muito
Sinto tanto que consigo
Passo do limite
Outro lugar
Outro ar
Respiro um pouco aliviada
Corro
Faço parte do sonho que tive um dia
Vivo sonhando
Vivo o sonho
Encaro o fato de que posso voar
Acordo e saio de casa.
Tudo é tão novo
Tudo é gostoso
Tudo é diferente
Tudo é exatamente como no sonho.
Tudo faz parte
Tudo é parte
Tudo se encaixa
Eu faço parte
Parte de mim ficou lá
Parte de mim está aqui
Para onde devo seguir?
Natalia Ansbach
Não paro, disparo contra uma força que me puxa
Teimo em seguir
Sinto muito
Sinto tanto que consigo
Passo do limite
Outro lugar
Outro ar
Respiro um pouco aliviada
Corro
Faço parte do sonho que tive um dia
Vivo sonhando
Vivo o sonho
Encaro o fato de que posso voar
Acordo e saio de casa.
Tudo é tão novo
Tudo é gostoso
Tudo é diferente
Tudo é exatamente como no sonho.
Tudo faz parte
Tudo é parte
Tudo se encaixa
Eu faço parte
Parte de mim ficou lá
Parte de mim está aqui
Para onde devo seguir?
Natalia Ansbach
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