quarta-feira, dezembro 12, 2012

Só dois

Me ajusto, me assusto
Me quebro, me afundo
Me rendo, me prendo, me sufoco
Me levanto, me espanto
Revivo, repenso, reprimo e reanimo
Me retiro de cena, quem sabe até sorrindo

Indiferença na tristeza
Frieza na incerteza
Mágoas, águas e uma pitada de loucura
Medo de dizer, sem saber ser
Medo de você?
Amor incondicional que não se cura
Se fecha no medo do não dito
Bobeirinhas para chamar atenção
Recolhendo caquinhos desse bobo coração
Abrindo os mais profundos pensamentos e receios a essa parte de mim
Que me parte e me completa sem fim
Sempre boa intenção, com uma vida nas mãos
Pulmão apertadinho, falta ar...
Pensamentos com amor e carinho.


Natalia Ansbach

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